O passe único entra em vigor em Santo Tirso a partir de Junho dado que duas transportadoras a operar no concelho estão ainda em processo de aquisição dos validadores, informou esta segunda-feira o presidente da autarquia. Servido pela Pacense, Landim, Arriva, Grupo Transdev e Transportes Urbanos de Santo Tirso (TUST), o concelho do distrito do Porto, segundo o autarca, foi autorizado pela Área Metropolitana do Porto (AMP) a fazer uma transição faseada, adiando para 1 de junho a entrada em vigor do passe único.
Segundo o presidente da autarquia, Joaquim Couto, o Grupo Transdev e os TUST “ainda estão em fase de aquisição dos equipamentos [validadores] necessários para a adaptação ao passe único”. Na semana passada, a AMP lembrou que há “operadores onde a utilização [do passe único] não será possível [já a 01 de abril] por falta de validadores”, entre eles o Grupo Transdev, em Santo Tirso, mas deixou a expectativa de que partir de 01 de Maio o título de transporte pudesse ser implementado nos 17 concelhos da região.
Os passes [de cada um dos operadores] passam a ter o valor de 30 euros, dentro do município, e de 40 euros, fora dele”. O acontece, detalhou, é que “até Junho, os titulares desses passes apenas poderão usufruir da transportadora com quem operam hoje”, sublinhou. A partir de Junho, com a integração destas carreiras no Andante, o passe dará para andar em qualquer meio de transporte, seja Metro do Porto, STCP, rodoviário privado ou na CP.
Em conferência de imprensa na Central de Transportes de Santo Tirso, Joaquim Couto considerou que esta medida levada a cabo pelo Governo tem “mais impacto” para quem vive naquele município do distrito do Porto do que “um aumento salarial”. Os utilizadores do passe municipal de transporte em Santo Tirso terão uma “redução anual que pode chegar aos 500 euros” anuais e para quem tem de viajar para fora do município o ganho anual em transporte rodoviário, por exemplo, para o Porto “será de 630 euros”, notou. Já no transporte ferroviário, o utilizador do passe único “atingirá os 164 euros de poupança”, elencou o presidente da Câmara.
Ao nível dos títulos individuais de transporte, Joaquim Couto disse “não estar prevista nenhuma medida que vise reduzir o tarifário” nem o “alargar ao resto do concelho dos benefícios à população mais desfavorecida que utiliza o TUST”. “Está previsto estudar essa questão no futuro. Parece-nos razoável que algo venha a ser feito para melhorar também os títulos individuais”, disse.