Foram cerca de 30, segundo o Sindicato de Hotelaria do Norte, as funcionárias das cantinas das escolas de Santo Tirso que ontem fizeram greve e protestaram em frente aos Paços do Concelho, reclamando “melhores condições de trabalho”.

Um dos objetivos da concentração foi “exigir que a Câmara Municipal obrigue a Uniself [empresa à qual foi adjudicado o serviço de refeições nas 36 escolas do 1º ciclo] a cumprir o caderno de encargos e os direitos dos trabalhadores”.

“Temos escolas em que está a cozinheira sozinha, a fazer o trabalho de todos e em funções que não são as dela”, denuncia Nuno Coelho, do Sindicato de Hotelaria do Norte, explicando que os funcionários de apoio às cantinas são trabalhadores precários que, no período de férias de verão, acabam por ser dispensados, ficando apenas as cozinheiras, que são “efetivas” da empresa.

“Alegam que é devido à redução das refeições, mas isso não justifica que a cozinheira esteja sozinha. O horário de saída delas é às 16.30 horas, mas já não conseguem sair a essa hora, porque têm de fazer todo o serviço [da cantina]. Saem às 18.30 horas, mas não lhes pagam essas horas extra”, sublinha o sindicalista. Por outro lado, “houve uma redução da carga horária para 35 horas, e a empresa fez refletir isso no vencimento, já que as cozinheiras estão a receber menos que o salário mínimo nacional”, refere.

Em comunicado, a Autarquia, que recebeu os representantes sindicais, afirma ser “completamente alheia às reivindicações apresentadas”, esclarecendo que “tem fiscalizado o funcionamento das cantinas do 1º ciclo de forma regular”.