O relatório anual da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), publicado no final de dezembro, aponta Santo Tirso como um dos concelhos com o sistema de água mais eficiente do país. A percentagem de água não faturada no Município é de 9,75 por cento, o que contrasta com os 30 por cento da média nacional.

É o segundo Município a nível nacional com a melhor taxa de água não faturada, aquela que é desperdiçada no percurso entre a distribuição em baixa e as torneiras dos consumidores.

Santo Tirso está, assim, longe de fazer parte dos municípios que, em 2018, desperdiçaram um volume de água que dava para encher 281 piscinas olímpicas por dia, porque tem um sistema de abastecimento público de água que cumpre todos os requisitos impostos pela ERSAR.

Para além disso, o mesmo relatório aponta Santo Tirso como um dos Municípios com cerca de 100 por cento de qualidade de água distribuída pela rede pública.

Por se tratar de um assunto relativo à saúde pública da população de Santo Tirso o executivo municipal,  “tem vindo a desenvolver esforços no sentido de colmatar a necessidade de fazer chegar a água da rede pública à zona do Vale do Leça”. Algo que está prestes a ser desbloqueado e representa um investimento de cerca de 4,5 milhões de euros “em baixa” e um valor quase semelhante “em alta”, a efetuar pela empresa Águas do Norte.

“Os investimentos no Vale do Leça na rede pública só não estão mais acelerados porque, na verdade, há um conjunto de Municípios que se ufanam de ter a água barata, mas não a pagam “em alta” à Águas do Norte”, explica, reforçando ser fundamental que os consumidores façam ligação à rede pública. Ligação essa que “no caso de Santo Tirso, é gratuita, quando na maioria dos Municípios portugueses tem custos”, conclui.