Cerca de 2000 trabalhadores manifestaram-se hoje no Porto, Em declarações à Lusa, Ana Pires, dirigente da Comissão Executiva da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses Intersindical (CGTP), disse esperar milhares de trabalhadores, pensionistas e famílias na manifestação deste sábado contra a revisão da lei laboral e antecipou que a central sindical vai “dar o devido combate”, caso o Governo não retire o anteprojeto da discussão.
Para assegurar a participação dos trabalhadores que trabalham ao fim de semana, foram emitidos vários pré-avisos de greve, nomeadamente nos setores do comércio e serviços, a indústria, a hotelaria e a restauração, indicou ainda a também responsável pela ação reivindicativa da CGTP.
É este o caso da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Energia e Minas (Fiequimetal), que tem um pré-aviso de greve que vigora entre as 00h00 e as 23h59 deste sábado.
A CGTP tem vindo a insistir que o anteprojeto do Governo representa “um verdadeiro retrocesso” nos direitos dos trabalhadores e aponta que há propostas de alteração inconstitucionais.
Entre as medidas mais criticadas por esta central sindical estão medidas relacionadas com os despedimentos, o regresso do banco de horas individual, as alterações nos contratos a prazo ou as mexidas no regime de horários flexíveis.
“A mensagem que queremos transmitir ao Governo é que retire este pacote laboral”, aponta a dirigente sindical, admitindo avançar com novas formas de luta.
Na última reunião de Concertação Social, em 10 de setembro, o Governo comprometeu-se a apresentar uma nova versão do anteprojeto, “com evoluções” nas matérias relacionadas com a família e a parentalidade, segundo indicaram o secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) e o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).